Tua nalguinha empinada em dupla oferenda praia mansa dos meus olhos ... ondas revoltas do meu desejo lua bochechuda do meus ais ó cadeira de embalo dos meus sonhos!
As folhas da palmeira batem como se fosse chuva, mas nenhuma chuva cai, nem os meus olhos choram. É apenas o vento a agitar as folhas, largas, pesadas, e por dentro, quieto, o tempo de envelhecer. Assim, penso, o gato deitado na soleira da porta aquece-se ao sol que sobre ele se inclina. A porta abre-se para a morte, é o desfecho óbvio. Mas ele não sabe, tão pouco precisa. Se pudesse guardar um pouco de sol para as noites de frio, custariam menos a passar. Mas nem isso pode.