quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Istambul e o Bósforo

...gosto de contemplar essa luz sem rival, nos anoitecers estivais, o Bósforo mistura o avermelhado do céu com o próprio mistério da sua penumbra. Gosto de ver as mudanças de cor da água que corre desenfreada, a espumar, e que arrasta, demente, o empecilho das barcaças. E agora,espantado, olho com prazer para outro sítio, a dois passos dali, em que a água muda de matiz marulhando pesadamente, como no tanque de nenúfares de Monet.

Orham Pamuk em Istambul, Memórias de Uma Cidade

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