Massacrada e obsoleta, relíquia de uma época que rapidamente se esfuma na memória, o diabo da máquina nunca me desiludiu. Neste preciso momento em que evoco os nove mil e quatrocentos dias que já passámos juntos, ei-la aqui, diante de mim, tartamudeando a sua velha música, esta música que conheço de cor. Estamos no Connecticut para o fim-de-semana.
É Verão e a manhã que se vê da janela é quente e verde e bela. A máquina de escrever está na mesa da cozinha e as minhas mãos estã na náquina de escrever. Letra a letra, vi-a escrever estas palavras.
Paul Auster e Sam Messer em A História da Minha Máquina de Escrever
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