Com o tapa-misérias a escorrer-lhe dos ombros,
o morse da bengala apercutir o chão,
remorseando vai os passarões que somos.
A dedo, a medo, a desfazer o gesto,
na ranhura da caixa a moeda metemos.
Metida a moeda, o espantalho fala
do céu que, sem dúvida, merecemos.
Que pragas calarás quando não damos?
Alexandre O'Neill em As Horas Já De Números Vestidas (1981)
o morse da bengala apercutir o chão,
remorseando vai os passarões que somos.
A dedo, a medo, a desfazer o gesto,
na ranhura da caixa a moeda metemos.
Metida a moeda, o espantalho fala
do céu que, sem dúvida, merecemos.
Que pragas calarás quando não damos?
Alexandre O'Neill em As Horas Já De Números Vestidas (1981)
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